jueves, 8 de octubre de 2015

Brasil prepara el lanzamiento de la cápsula de reentrada suborbital SARA

Sigue a continuación una interesante nota -en portugués- publicada hoy en el blog BrazilianSpace, destacando el lanzamiento –en noviembre próximo-  del Satélite de Reentrada Atmosférica Suborbital (SARA). Recomendamos leerla detenidamente para conocer en detalle este interesante proyecto que lleva adelante la República Federativa de Brasil.

IAE Lançará o SARA Suborbital I Até Novembro

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), instalado no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, deverá concluir, até novembro, a primeira fase do projeto Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA), com o lançamento do o SARA Suborbital I, com 290 kg, destinado a realizar experimentos de microgravidade de curta duração (cerca de 8 minutos). O SARA Suborbital I será lançado com um veículo de sondagem VS-40 modificado, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA).


Idealizado na segunda metade da década de 1990, o projeto SARA tem como objetivo o desenvolvimento de um satélite orbital, destinado a operar em órbita baixa e circular, a 300 km de altitude, a ser lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara com um veículo lançador de satélites a ser definido. A finalidade é realizar experimentos em ambiente espacial por um período máximo de 10 dias. O Major Élcio Jerônimo de Oliveira, pesquisador do IAE e coordenador do SARA, dá mais detalhes do projeto.

O que é o SARA - Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA)? Quais são suas especificações e características?

SARA é o acrônimo para Satélite de Reentrada Atmosférica e, portanto, é um projeto destinado ao desenvolvimento e produção de um veículo espacial reutilizável que realizará experimentos em órbitas baixas da Terra por um período de 10 dias. No fim desse período, o módulo reentrará na atmosfera e será recuperado.

Nessa primeira fase do projeto (SARA suborbital I) o módulo realizará apenas um voo suborbital de aproximadamente 8 minutos, onde serão avaliados todos os sistemas do SARA. Nessa missão, chamada de Operação São Lourenço, o SARA será lançado pelo foguete VS-40M, já utilizado anteriormente em três missões.

O SARA suborbital I tem dimensões de 1000 mm de diâmetro na base e 1800 mm de altura (eixo principal), massa de 290 kg, sistema de controle de rotação a gás frio, coifa com proteção térmica para a reentrada atmosférica, estrutura interna em fibra de carbono, além de uma complexa rede elétrica que mantém seu funcionamento durante toda a missão.

Quando teve início o projeto? Quais fases já foram cumpridas e quais os principais desafios em cada uma delas?

O projeto SARA surgiu no IAE na segunda metade da década de 1990, por iniciativa do pesquisador do IAE, Paulo Moraes Júnior, ex-presidente da Associação Aeroespacial Brasileira (AAB), falecido em julho de 2014. Mesmo com poucos recursos no início do projeto, o Dr. Paulo estabeleceu as bases do que viria a ser o SARA como é conhecido hoje.  Entretanto, somente a partir de 2009, sob a gestão do Dr. Luis Eduardo Loures da Costa, atualmente no ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica, foram destinados os recursos financeiros necessários para a construção do módulo que será lançado este ano.

Atualmente, o SARA é um projeto estratégico do Comando da Aeronáutica e está dividido em quatro fases: duas suborbitais e duas orbitais.

Com o lançamento previsto para outubro/novembro de 2015, encerrar-se-á a primeira fase, ou seja, o SARA suborbital I. Nessa fase temos como empresas parceiras a CENIC, que gerenciou o contrato de desenvolvimento subcontratando as seguintes empresas: Krypen, Dokimos, JDTH, ODT-MECTRON para a realização das diversas tarefas inerentes ao projeto.

Até o presente momento foram realizados os testes funcionais dos sistemas integrados e o ensaio dinâmico de aceitação (EDA), estando o módulo pronto para o lançamento.

O principal desafio da primeira fase está na obtenção das informações dinâmicas do módulo durante o voo suborbital e a reentrada. Não obstante, por ser o primeiro da série, temos, também, por objetivo primário, avaliar se todas as soluções de engenharia adotadas no SARA I serão eficientes. Para as demais fases, temos como principal desafio o desenvolvimento da tecnologia a ser utilizada no controle da reentrada atmosférica.

Nesse lançamento, que tipo de testes são realizados?

Nesse primeiro voo serão realizados testes funcionais do módulo propriamente dito e de dois protótipos que estão embarcados, sendo um GPS desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e uma unidade de medidas inerciais desenvolvida no IAE.

O que é a carga útil de um foguete suborbital?

Em linhas gerais, a carga útil é todo e qualquer dispositivo ou sistema que é transportado por um lançador e realizará alguma atividade ou missão específica. No caso de veículos suborbitais, a carga útil abriga e executa experimentos em ambiente de microgravidade, além de poder contar com uma eletrônica dedicada a atuar no próprio veículo.

Do ponto de vista da inovação tecnológica, qual a contribuição do projeto SARA ao Brasil?

Por definição, na área espacial, satélite é um corpo celeste ou uma máquina que orbita um planeta ou uma estrela. Na fase atual, que é suborbital, ou seja, o SARA não orbitará a Terra, o projeto permitirá ao Brasil avaliar o conceito e dar um grande passo rumo ao domínio da tecnologia de satélites que orbitarão a Terra em curto período de tempo e em seguida executarão a reentrada atmosférica controlada e serão recuperados. O projeto SARA tem um viés puramente científico-tecnológico para aplicações em pesquisa espacial. Não existe nenhuma linha relacionada à Defesa no desenvolvimento deste projeto.

Qual é o custo total do Projeto Sara? Quanto já foi investido? Quem financia? Há recursos para a continuidade do projeto?

Antes de falar em custo, precisamos entender bem o trabalho e a tecnologia que está por trás deste projeto. Em primeiro lugar, toda a estrutura e eletrônica do SARA foram desenvolvidas no Brasil, a exceção de alguns componentes específicos que não se fabricam no país e precisaram ser importados. Explicando de forma sintética, a Rede Elétrica (eletrônica) do SARA é composta de Rede de Serviços, Rede de Controle, Rede de Telemedidas e Rede de Segurança. Cada uma dessas redes executa uma atividade específica e possui seu próprio computador. Essas redes são isoladas eletronicamente e a interconexão entre as mesmas é realizada por meio de barramentos de dados.

Além da complexidade da eletrônica, temos um sistema de controle por gás frio que estabiliza o SARA eliminado rotações durante seu voo suborbital, uma estrutura interna em fibra de carbono “honeycomb”, uma estrutura externa também em fibra de carbono revestida com proteção térmica para suportar o aquecimento na reentrada e um sistema de recuperação (paraquedas).

Todos esses itens foram projetados, desenvolvidos e fabricados pela indústria nacional e, portanto, temos os custos associados aos estudos, desenvolvimentos, testes, produção de modelos de engenharia, modelos de qualificação e modelos de voo, atendendo os requisitos necessários para a fabricação de veículos espaciais. Considerando a visão sucinta apresentada dos subsistemas do SARA e sua sequência de produção, se torna fácil entender o custo total do SARA que é da ordem R$ 8.500.000,00. As fontes de recursos que suportaram essa fase do projeto (SARA suborbital 1) foram a FINEP e a Agência Espacial Brasileira (AEB). Estamos aguardando a confirmação se, no orçamento de 2016 da AEB, será contemplado o suporte financeiro necessário para a continuidade do projeto.


Comentario: Deseamos el mejor de los éxitos a este interesante proyecto de los hermanos Brasileños

6 comentarios :

  1. Como puede ser que no tengamos una Agencia Espacial Sudamericana, Mercosur aunque sea.

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    1. Principalmente, porque a los Brasileños no les interesa.

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  2. Importantísimo avance de los irmaos. De resultar exitoso, se les abren muchísimas oportunidades comerciales al mismo. Felicitaciones. Una pena que aquí más al sur estemos todavía en la prehistoria en lo que hace a cohetes con propelente sólido (Gradicom, Centenario, Fas-1500 y todos esas mentiras que aparecen de tanto en tanto).

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  3. Estimado Gustavo y los lectores del Blog Argentina En El Espacio!

    Gracias por las felicitaciones de éxito para lanzar el "SARA Suborbital I", pero debo decir que incluso si la misión tiene éxito me temo mucho por la continuidad de su proyecto. El proyecto se divide en cuatro etapas de desarrollo (incluyendo dos sub-orbital y dos orbital), y esto sólo el primero de ellos. Por supuesto su idealización era sólo posspivel gracias a la tecnología brasileña para los cohetes de sondeo, reconocidos a nivel internacional, esta tecnología que permitió el desarrollo de lo cohete VS-40M, cohete que esto sólo fue utilizado y exitoso en tres oportunidades. Ahora bien, como la idea de la creación de una Agencia Espacial Sudamericana o incluso de América Latina, también estoy a favor. Sin embargo, antes de que esto suceda el gobierno brasileño debe primero tomar en serio su programa espacial, pero antes que eso suceda no hay manera de sostener una iniciativa como esta. Una vez más gracias a todos los hermanos argentinos por las felicitaciones de el éxito para el lanzamiento de la SARA y

    Saludos desde Brasil

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  4. Só funciona na América latina deste jeito!
    Feito um pato morto.... ao longo de quase 10 amos de migalha em migalha orçamentária... com persistência... enquanto o ciclone era a vedete.... ramos conseguindo!
    Não seria diferente a argentina!
    Precisamos insistir!

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  5. Estimado Lector,

    Lamentablemente no disponemos del tiempo necesario para hacer la traducción de la notas en inglés/portugués. No obstante, en el margen derecho superior del blog podrá hallar la herramienta “Traducir / Translate”, que si bien no tienen la calidad/legibilidad de una traducción humana, alcanzan para entender la idea principal de las mismas.

    Saludos

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